Mário Matos e Lemos

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Mário Augusto Madeira Matos e Lemos foi jornalista da Agência de Notícias e Informações (ANI), do Diário  de Notícias e do Diário do Norte (1956-1972). Entre 1972 e 1998 desempenhou funções de conselheiro cultural e de imprensa em diversas embaixadas portuguesas. Foi diretor do Centro Cultural Português de Bissau e, fugazmente, diretor do CENJOR. Atualmente é investigador do CEIS 20, da Universidade de Coimbra.

Além de numerosos artigos publicados em jornais e revistas portugueses e estrangeiros, é autor de obras como Liberdade de Imprensa e Outros Ensaios (1964); Um Vespertino do Porto (1972); O 25 de Abril, Uma Síntese, Uma Perspectiva (1986); Política Cultural Portuguesa em África – O Caso da Guiné-Bissau (1999); Dicionário de História Universal (2001): Jornais Diários Portugueses do Século XX. Um Dicionário (2006); José de Melo, o Primeiro Fotógrafo de Guerra Português ( 2008); Oposição e Eleições no Estado Novo  (2012); 1945 – Estado Novo e Oposição – O  MUD e o Inquérito às suas Listas (2018).

Mário Matos e Lemos foi entrevistado por João Manuel Rocha e Maria Inácia Rezola em 10/1/2018.

Parte 1 de 12

Origens, Formação
Percurso profissional

Parte 2 de 12

Posição perante o regime; Experiência na ANI – Agência Noticiosa de Informação; Dutra Faria, o jornalista; A rotina de trabalho na ANI
Estrutura da ANI; Como eram feitas as noticias; A censura- a notícia da explosão da estátua de Salazar em Lourenço Marques
A censura nos jornais desportivos
As fotografias utilizadas pela ANI
Funcionários da ANI
As funções e especialização dos tradutores na ANI
O impacto do telex na forma de distribuição das notícias; Convite para a direção da ANOP
A importância dos correspondentes nos jornais
As dificuldades na distribuição dos jornais na província (1971-1972)

Parte 3 de 12

ANI – correspondentes da ANI em África; Relações da ANI com Lusitânia; Viagens ao serviço da ANI (Angola, Moçambique e Guiné)
No Diário de Notícias: viagens de trabalho
A Agência Lusitânia; A imprensa dos anos 60; Marcelo Caetano e a mudança das administrações e direcções dos jornais da tarde
A compra do Diário do Norte por Queiroz Pereira; Anos 60 e o inicio da guerra
Raul Rego e as mudanças no República
Directores e tendências dos principais jornais nos anos 60; A ausência de formação académica dos jornalistas; Formação em jornalismo; Jornalismo na União Soviética

Parte 4 de 12

O assalto ao paquete Santa Maria (1961); A entrega do Santa Maria no Recife; A invasão de Goa: as notícias falsas para não “desanimar a resistência”
As notícias do início da Guerra Colonial; A acção de Spínola junto da imprensa; Censura em tempo de guerra
Os censores. A falta de discernimento de alguns censores.
As notícias dos fuzilamentos em Cuba que a censura cortou; As declarações de Vassalo e Silva que autocensurou

Parte 5 de 12

A censura; Jornal de Cultura (1959); Jornal Guerrilha; No Diário de Noticias
A notícia da morte de Hammarskjöld
Redactor no Diário de Notícias
Diário de Notícias nos anos 60: estrutura e jornalistas
A primeira reportagem ao serviço do Diário de Notícias; Augusto de Castro; O Benfica, Salazar e a União Soviética: o “caso Albino André”

Parte 6 de 12

Reporteres e Jornalista / Redatores: a importância do tempo de serviço; Como eram distribuídas noticias da ANI para fora de Lisboa; A esperança no Marcelismo
As listas do MUD e a reivindicação da abolição da censura
Inicial abrandamento da censura sob o Marcelismo
O perfil de Marcelo Caetano

Parte 7 de 12

A experiência no Diário do Norte
Inviabilização do projecto de renovação do Diário do Norte
Imprensa do Norte no início dos anos 70
Dificuldades da imprensa vespertina no norte do país; O impacto da rádio e televisão nos jornais; A última reportagem: o encontro Nixon-Pompidou (1971); Marcelo Caetano: preocupações em relação à comunicação social; RTP e Ópera; Programa “Falando de Opera” (1971-1974)

Parte 8 de 12

A experiência diplomática em Roma
Fusão das agências de noticias abortada no 25 de Abril
Contactos com MPLA em Roma
Colaboração com jornais depois do 25 de Abril a carreira diplomática
O atraso tecnológico dos jornais portugueses
A diferença entre o jornalista português e o europeu
A preparação dos jornalistas atuais

Parte 9 de 12

A relação dos jornalistas com os interesses empresariais
Os contactos de António de Spínola com a imprensa
O balanço do 25 de Abril
O poder dos tipógrafos no Diário Noticias

Parte 10 de 12 (2ª Sessão)

Dutra Faria, “um grande jornalista”
Dutra Faria, um jornalismo feito na tarimba.
A rotina dos tradutores na ANI e; a rotina dos jornais lisboetas dos anos 1950 e 1960.
A transmissão das notícias da ANI para os jornais; a censura.
A chegada do telex.
Os correspondentes e as notícias das agências estrangeiras.
O financiamento da ANI.
Da ANI para o Diário de Notícias.
Noticia do assalto ao Santa Maria.
As fontes dos jornais portugueses.
Notícia da ANI sobre o atentado contra a estátua de Salazar em Moçambique.
O regime e a questão colonial.
Desencanto com a governação de Marcelo Caetano.
A Arcada e as informações dos ministérios.
O gabinete de Marques Gastão no aeroporto de Lisboa.
Os informadores dos hospitais, polícia e bombeiros.

Parte 11 de 12 (2ª Sessão)

A experiência no Diário do Norte.
Estratégia de Marcelo Caetano relativamente à imprensa.
O fracasso do projecto de renovação do Diário do Norte.
A experiência em Roma; projecto de criação de uma nova agência de notícias.
A experiência na Guiné Bissau (1985-1998) e o panorama da imprensa local.
Portugal na comunicação social guineense.
A memória do colonialismo.
Colaborações pontuais com o Público e Diário de Notícias depois do regresso a Lisboa.
A experiência no CENJOR.

Parte 12 de 12 (2ª Sessão)

O dicionário Jornais Diários Portugueses do Século XX.
A República antes e depois do Raul Rego.
Relações entre os jornais situacionistas e anti-situacionistas.
Impacto da Guerra Colonial na imprensa portuguesa e no jornalismo.
Vassalo e Silva e a questão de Goa.
O início da Guerra Colonial e o apoio à política colonial do regime.
O papel da imprensa no 25 de Abril de 1974. As circunstâncias da Revolução.
Acção de António de Spínola junto dos jornais.
Estudo da imprensa portuguesa no século XXI.
O jornalismo português na viragem do Século XIX para o século XX.
Etapas do jornalismo português no Século XX: o 28 de Maio e o Estado Novo.
A estabilização dos jornais em termos de orientação e forma (1932-1974).
O papel da censura.
Os jornais da tarde como propulsores da modernização da imprensa portuguesa.
A criação e objectivos da censura.
A liberdade de imprensa. O caso de Maurício de Oliveira e as listas do MUD.
A imprensa no pós 25 de Abril.
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Alice Vieira

Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca, conhecida por Alice Vieira, é jornalista e escritora. Filha de pais originários de Lapas, aldeia do concelho de Torres Novas, nasceu a…
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