José Manuel Inácio – Parte 6 de 15

José Manuel Inácio à conversa com Maria Margarida Colaço Mendes Gaspar e registada por Paulo Barbosa em 2-12-2017 no museu da Rádio voz de Alenquer no âmbito do projecto AMOPC.

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—Esses estudos também dão conhecer a faixa etária que ouve a rádio?
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—Em determinada altura nós tivemos uma taxa etária muito alta neste momento penso que não. O estudo não nos indica isso, até porque nós não temos dinheiro para pagar o estudo. Nós conseguimos saber o que é que se passa no estudo, isso foi sempre, conseguimos sempre saber. Enquanto eu estive na Associação Portuguesa de Radiodifusão tinha acesso aos estudos de outras rádios que compravam, e agora o Nuno tem acesso através da ARIC aos estudos. Portanto nós não temos dinheiro para pagar à Marktest para fazer um estudo, porque um estudo de audiência custa muito dinheiro e nós não temos a possibilidade.
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—Deixa-me só fazer uma pergunta, é o seguinte, se vocês não têm a quantidade nem o tipo de pessoa que vos ouve como é vocês vendem publicidade e a que preço é que a vendem? Como é que vocês oferecem ao Sr. que está a pagar a dizer nós somos, temos esta audiência, se não a conhecem como é que negoceiam então esses preços?
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—Nós negociamos, para já a nossa rádio é a rádio que tem a publicidade mais cara aqui na volta aqui no distrito praticamente e não baixamos, não, portanto não vai, apesar que a gente precise de dinheiro, não baixamos a publicidade. Nós temos aí assim uma empresa que faz publicidade há muitos anos e várias vezes eles dizem Nós vamos desistir vocês são, não fazem só aqui na rádio fazem numa série de rádios aqui à volta… Vocês são a rádio que fazem mais caro, e a gente perguntamos, Você tem retorno? Ah nós temos muita gente lá do concelho Então, se tem retorno é sinal que nós estamos a servi-lo. Quando vamos a um cliente desconhecido portanto, a vendedora tenta-lhe dar… Em tempos nós chegámos a fazer uma revistazinha onde tínhamos a apresentação dos programas e que dávamos às pessoas mas depois como o dinheiro começou a escassear acabámos por ser a vendedora a dizer o que é a rádio, a dizer realmente que a rádio tem audiência e são as próprias pessoas que depois se interessam e que fazem publicidade. Porque nós até não utilizamos muito e a Flávia sabe, nós não utilizamos muito a dizer que somos rádio mais ouvida. Publicamos no nosso jornal, a dizer sim senhora somos a rádio mais ouvida, mas aqui na antena não dizemos. Procuramos que a pessoa se interesse pelo seu produto e depois tentamos saber se a pessoa tem retorno. Se a pessoa tiver retorno é sinal que as pessoas ouvem e que vão lá comprar e as pessoas apostam.
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—E os valores da publicidade?
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—Epah neste momento não sei, não sei qual é.
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—Mas vocês têm uma tabela de preços que dependo do dia da semana, depende da hora, como é que fazem?
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—Nós temos uma tabela de preços que é generalista depois temos é vários, por exemplo quer patrocinar um programa, paga mais Se a pessoa quer fazer um spot mais pequeno paga menos. Portanto, essa tabela está feita e em relação horas, não temos, não vamos à procura do horário nobre, procuramos sim que a tabela seja generalista porque a nós interessa-nos apanhar o mais possível- No desporto, porque nós fazemos o desporto, portanto, acompanhamos aqui o Alenquer e Benfica no hóquei em patins, acompanhamos a Associação Desportiva do Carregado no futebol e acompanhamos o União Vilafranquense. E porquê o União Vilafranquense que já não pertence ao nosso concelho? Foram eles que vieram ter connosco se nós os acompanhávamos e aí nós utilizámos uma habilidade Dissemos sim senhor nós acompanhamos se vocês arranjarem patrocínios, se vocês arranjarem patrocínios nós fazemos a transmissão dos vossos relatos. E assim foi, o União Vilafranquense comprometeu-se connosco a arranjar publicidade, nós vamos. Aqui em Alenquer e no Carregado somos nós que procuramos. Temos algumas empresas que são fixas, ah e acompanhamos ainda o Benfica e Sporting em Lisboa. Temos linhas diretas lá, hoje quase já não se utilizam porque hoje já há meios técnicos que não precisamos de utilizar a as linhas mas temos, antigamente éramos nós pagávamos mas agora já era o Benfica o Sporting que nos oferecia e quando nós não íamos já perguntavam o que se passava porque nós não aparecíamos. Eu por acaso nunca fui muito de apologista de fazer o Benfica e Sporting porque eu entendia que isso era mais para as rádios nacionais mas por outro lado como os nossos locutores, os nossos comentaristas, não recebem dinheiro fazem tudo gratuitamente acho que é um rebuçado que nós lhes damos, eles irem ver os jogos da equipe da primeira divisão do Sporting e Benfica a Lisboa e fazem o trabalho deles. e temos um auditório e e aliás as somos respeitados pelas rádios nacionais lá que já nos conhecem que somos respeitados e até pelo próprios clubes.
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—Tem noção o número de pessoas que colaboram com a rádio sem receber dinheiro?
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—Epah eu papel neste momento não tenho essa noção Sei que têm, pelo menos entre animador e portanto os comentaristas e os locutores que fazem a a transmissão do futebol e do hóquei, somos capazes de ter aí à volta de trinta. que não recebe em dinheiro fazem gratuitamente o que é que a gente lhes pague a eles? Por vez pagamos as sandes e o lanche. Mesmo assim parte deles não nos apresentam a conta porque fazem por amor à rádio e por amor à terra deles.

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