António Luiz Rafael – Parte 10 de 15

António Luís Rafael

parte 10 de 15

António Luiz Rafael conversa com Júlia Leitão de Barros. Registado por Paulo Barbosa em Évora a 27 de Março de 2017.

A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M0S – Mas olhe eu agora vou, ainda, voltar atrás. E, e, já falaremos mais no futuro, mas eu gostava de lhe perguntar o seguinte: estava na televisão quando apareceu a televisão privada, não é?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M11S – Não. Estava, estava, estava aqui já em Évora, tava aqui em Évora.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M15S – Bem de qualquer maneira estávamos ainda, vamos voltar à televisão, estávamos no seu, no seu início na televisão, na RTP, ha e quanto tempo é que teve, portanto, até vir para Évora, quanto tempo é que teve na RTP, na locução…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M25S – Eu tive na RTP de 75 a 92.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M25S – Pois, ainda teve…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M25S – Por isso é que eu estou a dizer que estou aqui há 25 anos, foi em 92. Foi já aqui em… Évora que começaram as emissões da SIC e da TVI.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M37S – Pois. E, portanto, depois quando veio para Évora, como é que lhe apareceu esse, essa, essa proposta, de vir para Évora?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 0M46S – Porque quem estava cá parece que não fazia as coisas como devia de fazer, estaria, inclusivamente, devido a… a questão de pensamento político estaria indo, indo..
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M10S – Pouco parcial, é isso?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M10S – Não, estaria ostracizado…nem, nem, nem em termos normais de mandar uma circular ou um press release mandava, era ostracizada…não gostavam, tava zangada com a igreja, tava zangada… Quando eu tomei conta do, do, daqui, e depois apareceu o..o “jornalinho”, o tal… o Regiões, ficaram todos admirados, porque ia lá tudo. Eles ainda hoje dizem. Eu, eu, eu sou, tenho um bocado vaidade nisso, ser muito estimado, aqui no Alentejo. Porque fui um homem que falou do Alentejo como nunca ninguém falou. Eu ia a tudo. Eu hoje não sei onde é que andei.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M50S – Mas quer ex, explicar..
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M50S – Quero-lhe explicar por exemplo…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M50S – Explicar, o que, o que me explicou há pouco, portanto como é que, o que é isto da televisão regional…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 1M50S – A televisão regional era um óptimo projecto.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M1S – Que pareceu não sabe quando?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M1S – Sei. A televisão regio, a televisão regional apareceu em Lisboa pela mão do Balsinha com o programa País, País, onde eu logo entrei. E foi daí que acharam…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M7S – Ah, foi aí o primeiro passo para…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M12S – Acharam que eu fazia falta naquele programa, não sei quê, não sei quê. Depois, esse programa foi comandado plo Balsinha durante dois meses, mas ele tinha mais que fazer he, deixou. Depois passou a ser comandado por um, por um… colega meu que já morreu que era o… ai…é um homem dos outros tempos da televisão, que até fez… as reportagens da ida à lua….eu daqui à bocado já…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M32S – Cerqueira?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M32S – Não, não, não. O Cerqueira era a Fórmula 1. Não, não lembro o nome dele…Eu já lhe digo.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M47S – Deixe lá.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M47S – Já vai lá.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 2M47S – Bom, depois, apareceu como, como… não se sabe bem como..ha, ha…ou sabe-se…com a Edite Estrela, a Dra. Edite Estrela, de quem aliás sou, sou, sou fran, francamente amigo, mas depois a Edite Estrela também a política, fez-lhe chamadas e foi pra outras coisas, foi prá rádio, e não sei quê, e foi o Raul Durão pra, pra diretor disso. E depois aconteceu o tal do fenómeno que eu lhe contei outro dia. Isto vai encolher, isto vai mudar, vai mudar de dia, vai não sei quê, até que, se extinguiu. Depois apareceu a Maria Elisa, com uma coisa que se chamava Regiões. Também não resultou. Era feito em directo, ali aos nossos centros emissores, injectava-se de lá uma reportagem e não sei quê.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M25S – Mas, mas, mas o que eu tava a pe..a pedir-lhe era que explicasse, esses centros emissores como é que, aquilo que…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M25S – Ah, esses centros emissores… –Portanto, existem centros emissores aonde?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M42S – Évora… vamos de baixo pra cima, ou de cima pra baixo:
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M42S – Faro não é?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M42S – Não vamos começar Bragança, Bragança, ha, Viana do Castelo, Coimbra, Castelo Branco, Évora… ah, Coimbra, Porto, Lisboa, Évora, Faro.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 3M42S – Eram centros emissores que tinham?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M15S – Não, não, Lisboa, Porto e Coimbra eram [imperceptível]… próprias estruturas.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M15S – Sim, sim, todos eles tinham um pequeno estúdio, não é?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M15S – Não, tiveram que fabri, tiveram que montar estúdio novo que não havia, montaram régies, com, com 4 ou 5 máquinas, para se poder… num estúdio trabalhavam 3 câmeras, câmera 1, câmera 2, câmera 3 Agora põe [ imperceptível], agora puxa, não sei quê, realizadores, tínhamos 6 jornalistas, 6 operadores de imagem, tínhamos um administrativo,
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M39S – E emitiam naquele horário que tava a dizer.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M39S – 19:30 a 20 horas. Não 19:30 -19:59.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M47S – 19:59. Mas explique lá isso do..de… da…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M47S – De quê?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M47S – Do sinal…tudo o que me explicou há bocado.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M56S – Então, mas já não ficou gravado isso?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M56S – Não, essa parte não ficou gravada,
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M56S – Não ficou?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 4M56S – Foi no princípio. Não. A ideia era que cada região tivesse o seu noticiário próprio, porque os telejornais, o que é que interessava a um telejornal nacional que… tivesse havido uma, uma manada de bois que caiu a um poço e não sei quê, ou coisa assim. Não é notícia. O telejornal, o telejornal nesse tempo, interessava-se por coisas muito mais importantes. Porque eu às vezes, eu a armar, às vezes, um bocado em pateta ou idealista, ligava pra Lisboa e dizia: eh pá, houve um descarrilamento de um comboio em Grândola…Mas de passageiros? Não, de carga. Então mas o que é que aconteceu? Oh pá, descarrilou a máquina, da locomotiva, descarrilaram mais três ou quatro coisas, e aquilo espalhou pela via, espalhou pela via, pedra, sei lá, sacos, sacos de batatas, qualquer coi…seja lá o que for.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M46S – Pergunta imediata: quem é que ficou ferido?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M46S – Não, não fi…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M46S – E não morreu ninguém?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M46S – Não, pá, foi uma coisa puramente… Ah, então não interessa.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M59S – Pois, pois.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 5M59S – E depois dizias eh pá, aqui o Dr. não sei quê, da Universidade de Évora, fez hoje uma comunicação muito gira, sobre a influência… ele é professor ali do, do centro agrícola…da parte, da parte da Faculdade de Agricultura, disse uma coisa muito gira, que afinal a batata-doce não sei quê já se pode plantar aqui.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 6M18S – Ah, isso não interessa.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 6M18S – No entanto…Ah, disse que foi assassinado aí um gajo em Beja, vá lá fazer isso para o telejornal.Eh pá, mas esse gajo que foi assassinado foi uma coisa banal, foi uma coisa de ciúmes, essas porcarias, não sei quê.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 6M35S – [impercetível] nós queremos
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 6M40S – Bom, mas esse justificava. Quando foi a história do, dos hemofílicos.. bom , mas isso… foi complicado porque aquilo era, era um problema grave. Mas era uma coisa do [ imperceptível]. Um fulano de quem, eu não digo o nome, telefono-me uma vez pra aqui a dizer: eh pá… a primeira vítima era uma, uma senhora que morava em Montemor-o-Novo, que está sepultada no cemitério, foi, foi a primeira vítima da hemodiálise. A hemodiálise provou-se que efectivamente foi uma água que foi fornecida que não tinha qualidade, que os bombeiros levaram lá a água, que não era boa, mas por sua vez a estação de tratamento do hospital também nunca tratou essa água convenientemente. Dizem. Nunca se provou. Tentou até não, que isso não fosse muito falado e não sei quê. Então houve uma pessoa que disse que: então isso, como é que é, e tal?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 7M31S – Eh, pá, mas eu não vou filmar hemofílicos, que é proibido. Há uma coisa quando eu vou fazer uma reportagem ao hospital, e preciso de imagens ge…gerais, eu por exemplo preciso de um geral de uma enfermaria, eu entro na enfermaria e digo: Boa tarde, meus senhores, meu nome é fulano, sou da Rádio Televisão Portuguesa, estamos a fazer um programa assim, assim, assim, os senhores dão autorização a que vossa cara apareça? Ah, eu não quero aparecer. ok. Ah, eu não me importo. ok. E quem não se importava de aparecer, podia eventualmente aparecer. Porque há uma lei que determina que ninguém pode ser filmado sem dar autorização. Na rua, fazem-se planos gerais das ruas, mas afastados para não se topar a cara das pessoas. Assim como, como tínhamos cuidado em não fazer letreiros, filmar um prédio, Martins alfaiates, Jaquim cana… então estamos, estamos a fazer publicidade gratuita. Temos que fazer uma coisa que não mostre isso. Mas hoje vale tudo. Hoje vale tudo. Qué que se faz [ imperceptível]são ideias, é a tal história, do antigamente, que antigamente é que era bom, não era? Então a ideia era a seguinte: já que os telejornais, ou nesse tempo o telejornal, se tá borrifando pró que se passa na província. Então houve alguém que teve [ imperceptível] então vamos na província fazer uns espaços noticiosos com coisas locais que interessem às pessoas. Por exemplo, aqui eu não fazia só Évora. A delegação de Évora abarcava Portalegre e Beja. O Algarve era o Algarve todo. Viana do Castelo era Viana do Castelo. Beira Baixa era tudo que fosse Castelo Branco [imperceptível], Castelo Novo sei lá…[ imperceptível] mema linha. E assim sucessivamente. Portanto, nós aqui… tínhamos as coisas feitas de maneira… também havia pouco assunto, diga-se em abono da verdade. Nós havia dias que era um bocado de aflição…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 9M18S – Porque era diário, não era?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 9M18S – Era diário. Menos aos sábados e aos domingos. Mas havia dias que eu até andava a fazer aquelas reportagens, que era, aquelas reportagens intemporais.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 9M29S – .[imperceptível]
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 9M36S – Eh, pá, vamos fazer uma reportagem a contar a história do Castelo, do Palácio, não sei quê. E isto é para transmitir quando? Isto não é para transmitir, é para guardar aí pra emergência. Eh, pá, falhou a reportagem e não sei quê. Falhou, então vamos lá ver aí, eh, pá, temos aqui o Castelo. Mete isso, mete-se isso como final, como fait divers, mete-se isso no final, não sei quê. Outro problema também era a sequência das notícias. E depois a política aqui era uma coisa mais complicada que é nos grandes centros. Nós tínhamos aqui uma coisa que ainda hoje nos reconhecem: eh pá no tempo do Rafael os partidos entraram todos na televisão. Fazíamos entrevistas em estúdios e não sei quê. Foi lá tudo.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 10M7S – Tinha boas relações com aqui com a câmara, não era, era mais, era mais do PCP…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 10M14S – Com todas, com todas as câmaras e com todos os tipos de partidos. Uma vez houve um deputado por Beja que me telefonou a dizer: Eu gostava de falar com o senhor. Para dar trancada, claro. Porque naturalmente ele achava que o partido dele não era suficiente para [ imperceptível]. Quando é que o senhor me pode receber? Eu disse, eh pá o senhor deve estar enganado, o Sr. não está a falar para nenhum ministério, nem para nenhuma secretaria de estado, o Sr. está a falar para um órgão de comunicação social. O Sr. tem é que me perguntar se eu quero falar consigo, falo consigo, eu não vou recebê-lo. O Sr. vem cá e… fala comigo. Só temos um problema: é acertar o dia e da hora, porque o Sr. pode ter interesse num dia e numa hora – olhe como foi connosco-, e eu não poder. Tô ocupado, ou tenho que fazer. Mas, caramba há… Então, e quinta-feira? Olhe, quinta-feira não, e sexta? Sexta pode. A que horas? À hora que o Sr. quiser, diga a hora…. E assim foi lá para Beja dizer: aquele gajo é bestial, pá, atende toda a gente e não sei quê. E olhe que era um partido daqueles de gancho. Que o ambiente aqui era um bocado complicado.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M12S – Pois.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M12S – O ambiente aqui era um bocado complicado. Mas foi lá tudo, foram lá todos.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M20S – Era radicalizado não é?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M20S – Não, havia um partido que era dominante.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M24S – Dominante. Era dominante e estava convencido que aquilo era…eles… Não, não, mas não. Sempre relações excelentes com, com, sempre excelentes com os presidentes da câmara, sempre excelentes…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M30S – E quando faziam, quando eram as, as, as campanhas eleitorais e tudo
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M34S – Ah, fazia-se tudo, fazia-se tudo, quer dizer, Lisboa…
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M34S – As campanhas das autárquicas
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M34S – Lisboa é que comandava.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M34S – Ah era?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 11M34S – Lisboa é que comandava. Dizia: regra geral, fazíamos os candidatos às câmaras, os candidatos às câmaras à presidência ou fazíamos uma entrevista ou o chefe do partido mais dominante, ou aquele que segundo as sondagens parecia que ia ganhar, fa…fazia-se um encontro de contas de opiniões, não sei quê, mais uma coisa muito levezinha. Agora, o que se fazia, era, por exemplo, as campanhas eleitorais vinha cá, por exemplo, o Guterres fazer a campanha eleitoral dele, aí íamos nós fazer o comício.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 12M18S – Mas tipo junto às freguesias já não, não acompanhavam?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 12M18S – Não, não, isso já não apanhávamos.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 12M18S – Portanto era mais as actividades sociais e … Era, com, com o Guterres foi uma coisa giríssima, quando ele pela primeira vez foi a primeiro-ministro, foi fazer comício a Portalegre. E ele não me conhecia, veio ter comigo e disse: venho conversar um bocado consigo, que anda ali, pá, toda a gente a chatear-me, conversar consigo um bocado, e tal. Não sei o quê, começamos assim, não sei quê, e tal, e depois diz ele: sabe que eu estou com uma grande fé que vou ganhar. Ah é? Pronto, o Sr. é que sabe. Mas sabe por quê? Vou lhe dizer uma coisa: tenho sido muito cumprimentado por bêbados e malucos e quando sou cumprimentado por essa gente é garantido [ imperceptível]. Quando um bêbado e um maluco me vem cumprimentar, eu digo:isto está no papo. Tinha assim coisas, dava-se muito bem comigo… Uma vez apanhei uma chumbada de um presidente da República que me veio, que me, que em Vila Viçosa também já estava muito chateado das… andar aquela malta, aqueles lambe botas que andam, aproveitam estas ocasiões, para falar com, com, com as entidades, e eu agarrei num prato, que era um gaspacho, tava um calor desgraçado em Vila Viçosa, aquilo é tudo pedra-mármore, um calor, fui lá para um canto da cantina com o meu prato de gaspacho quando dou por mim tinha o presidente da República ao pé de mim: “posso me sentar aqui?” .Oh caramba, pode-se sentar.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 13M36S – E quem era esse presidente, era, era o Cavaco, não?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 13M36S – Bom, era uma história que era assim, sabe que o gaspacho no Algarve não é assim que se faz. Eu levei uma lição de gaspacho. Só que às duas por três aconteceu uma coisa que eu tava à espera. Os lambe botas começaram a ver, aqueles dois tipos ali ao canto a conversarem e que é que é isto?
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 13M55S – Aproximaram-se.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 13M55S – Aí acabou-se a conversa. Ele levantou-se e foi-se embora.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 14M0S – Pois.
A.L. Rafael parte 10 de 15 aos 14M0S – Tive assim muitas coisas dessas.

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