Entrevistado por Paulo Barbosa – Registado por Cláudia Figueiredo em Lisboa 11 Julho de 2017.
Colaboração na Telecine-Moro * Instalações estúdios INETI e ESCS.
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P Barbosa— Só para a gente ter datas, o senhor Magriço reforma-se da RTP a tempo inteiro a partir de quando?
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JP Magriço— Ou seja, quando é que eu tive que desencadear o processo de saída da empresa, quando a empresa considerou que poderia, por rescisão mútua do contrato, e eu tivesse reunidas as condições que dentro da da providência social, portanto, eu pudesse integrar essa, esse grupo sem ser demasiadamente penalizado, não é, portanto. A RTP em 2005 iniciou um pro…, 2003, logo que fez a passagem para a Marechal Gomes da Costa, tinha feito já anteriormente, mas fez nesse processo o pelos normativos que estavam associados à segurança social e acho para reformas e reformas e outros processos que estavam associados à rescisão, porque no fundo era uma rescisão que estava a ser operada, embora quisesse dar a ideia que não era, mas…
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JP Magriço— Mas então foi antes de ter 65 anos, é isso? Antes de atingir a idade da reforma?
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JP Magriço— Sim, sim, portanto, nessa altura havia possibilidade, havia normas que permitiam que o indivíduo que tivesse mais de 55 anos, daí, eu tinha, que tivesse reunidas as condições de desemprego, porque, para se ir, para a segurança social tinha que garantir durante um determinado período de desemprego, um período de sanção, é, tem que ser cumprido 36 meses de desemprego. E tenha sujeito a alguma penalização por não ter a idade, então o método que foi utilizado não só para mim, mas como pessoas da época, assim, bem eu estou nas condições dos 55, tenho mais de 30 anos de trabalho, portanto, já tinha mais do que o suficiente para fazer, mas falta-me aqui, já tinha mais de 35, para chegar aos 40 tem que estar aqui quatro anos e tal. Então a técnica e o que funcionou e não há problema, porque é legal, é o indivíduo iniciar o processo de desemprego e interromper prolongando o final do desemprego e isso foi-me possível trabalhando alguns períodos até atingir a idade suficiente para que a penalização fosse mínima. E a partir daí legalmente pode ser…
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JP Magriço— Então saiu da RTP com que idade? Na prática, deixou no fundo de ser trabalhador da RTP…
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JP Magriço— 55 e alguns meses, não não sei quantos, mas era a altura.
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JP Magriço— E daí pra frente, como é que tem funcionado do ponto de vista profissional, com empresas particulares, sua, trabalha para outros?
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JP Magriço— Sim, agora nesta altura tenho,desde, criei uma no…, uma empresa, para eu puder estar em desempenho de funções, e, portanto, em que de ordem familiar, mas que uso para fazer alguns trabalhos, alguns projetos que possam ocorrer e desde daí houve vários projetos em que colaborei, então fazem parte do meu currículo. É, por empresa. Portanto, aí, a partir daí sou empresário, posso ser remunerado ou não, esse não é, não é grande problema, e neste momento estou na gestão da própria empresa.
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JP Magriço— Sempre a trabalhar em coisas relacionadas com a produção televisiva…
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JP Magriço— Sim, depois dos 66 anos, ou seja, depois do período que já permitia estar em reforma, portanto, neste momento, está a ver?, já posso ser, é sem problema nenhum, estar a continuar no desempenho de trabalho A remuneração pode ocorrer posteriormente.