José Pote Magriço – Parte 15 de 27

Entrevistado por Paulo Barbosa – Registado por Cláudia Figueiredo em Lisboa 11 Julho de 2017.
Introdução PALplus.


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P Barbosa— A introdução, dentro ainda do SD, do PALplus, em que, pelo o que eu sei, havia até estações de televisões em Portugal que faziam um PALplus meio a martelo porque havia um financiamento europeu que pagava ou ajudava a emissão. Como é que foi essa introdução do PALplus dentro da RTP e quando é que era usado?
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JP Magriço— É, eu, eu não acompanhei totalmente essa questão porque a nossa preocupação foi sempre garantir que os sinais que eram captados, quer pelas câmaras quer por qualquer outro formato, e estávamos sujeitos na RTP aos vários formatos que eram efectuados na produção externa. Portanto, mas a RTP sempre tentou regulamentar as condições em que os sinais são criados, de forma que possam garantir as condições, dos formatos, da melhor qualidade possível. O PALplus pressupunha uma melhoria da qualidade do sinal, mas a RTP quando foi, teve uma preocupação de outra ordem. as pequenas deficiências do sistema PAL, o sistema PAL não é um sistema perfeito, decorreram do NTSC, o sistema NTSC quando foi criado, para estúdio funcionava perfeitamente e havia a possibilidade de toda, todo o encaminhamento do sinal garantir a qualidade técnica como no sistema PAL. O sistema PAL veio resolver alguns problemas, não do interior dos estúdios, mas sim na transmissão. E, portanto, as deficiências que o sistema NTSC não conseguiram livrar-se com facilidade, eles ainda mantiveram-se até a morte, ao switt off do analógico, mantiveram-se durante todas as emissões regulares analógicas. Por quê? Porque havia uma deficiência no sistema NTSC que a maior parte das pessoas, isso passou de certa forma à margem, e deu origem a que a criação do sistema PAL na Europa fosse desenvolvida para suprir essas dificuldades. O aparecimento… O sistema PAL no seu origem, que, não foi compensado, foi standarizado. Mas os erros que existiam, os pequenos erros que existiram na transmissão da informação da cor relativamente à luminância, pressupunham que houvesse uma compensação da perda por desfasamento. Ou seja, quando o sinal deve ter uma determinada saturação e fase, deve ter uma determinada amplitude. E quando ele não é obtido, a junção destes dois vectores que se desviavam, precisavam de ser compensados.Então daí o aparecimento do PALplus, que era um que vinha a compensar, de certa maneira, a perda de erros dessa ordem. E também teve a ver com a manifestação do formato, pronto, o formato pressupunha uma anulação de um determinado número de linhas acima e abaixo e naquele intervalo a qualidade era máxima para com…, porque estava duplamente compensado, tinha a compensação do formato e também a compensação da saturação das cores, basicamente.
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P Barbosa— Mas isso do ponto de vista técnico dentro da RTP foi uma grande alteração?
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JP Magriço— Não houve quase alteração nenhuma. Agora recentemente com o digital é que efectivamente é associada a cada sinal para que o recetor se adapte. É, é a tal informação CAE, portanto, que é uma uma configuração do sistema do sinal, que gera um código de acordo com a origem do sinal e que permite ao receptor interpretar esse código e configurar-se, adaptar-se geometricamente ao formato que se tem, quer no encurtamento horizontal quer nos encurtamentos verticais, de maneira a garantir que a relação geométrica dos círculos estão corretas quer num formato quer noutro. Portanto, para não haver distorções no sinal ou achatamentos, ou expansões etc, para garantir isso. Mas isso faz parte… é um sistema automatizado que tem a ver com um, um dado, metadado, que está associado ao sinal e que é interpretado e na emissão é inserido sobre os sinais de maneira a garantir que o receptor que está adaptado para essa interpretação possa compensar qualquer distorção do formato.

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