Jorge Miguel Soares Moura – Parte 1 de 7

Jorge Miguel Soares Moura

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Jorge Miguel Soares Moura estudou na escola Academia Militar (Portugal). Iniciou a sua atividade profissional na MOBIL OIL PORTUGUESA, SA em 1959 onde permaneceu até 1991. De 1993 a 2003 foi administrador da LUSA – Agência de Noticias de Portugal.

Jorge Miguel Soares de Moura foi entrevistado por Mafalda Eiró Gomes – Registado por Miguel Batista – Lisboa 27 / Março/ 2017


Jorge Moura p1 de 7 aos 0M11S- — Arquivo de Memória Oral das Profissões da Comunicação, entrevista a 27 de março de 2017, em Lisboa, no escritório do Sr. Jorge Miguel Soares Moura. Eu sou a Mafalda Eiró Gomes e o operador de câmera é o Miguel Batista, e este é um projeto da Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa. Muito obrigada por nos receber, é um enorme
Jorge Moura p1 de 7 aos 0M30S- privilégio conversar(??). Eu se calhar começava, se quiser ainda ir antes, esteja à vontade, mas começava em abril de 1936, Freguesia de São Pedro, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel. — Aí começou todo o meu percurso. Normalíssimo, fui de uma família de mãe doméstica, mas com… de uma ilha no interior do Arquipélago dos Açores, São Jorge, portanto, numa ilha onde não havia sequer xx(??) na quarta classe. Havia uma professora que fazia o exame do 2º e 5º ano ao mesmo tempo, os dois, que era assim que se fazia naquela altura. E de um pai que era funcionário público e depois foi comerciante, e era uma pessoa xx(??) muito conhecida e conceituada nos Açores todos, nos velhos tempos do futebol(??), não sei bem se de organizar as coisas se já não, mas muito rudimentar, muito simples, e teve uma vida normal, uma família com dois dois filhos, começaram muito cedo, qualquer um deles, a trabalhar na comunicação.
Jorge Moura p1 de 7 aos 1M57S- Meu irmão mais velho acabou a sua vida, a sua carreira, como diretor do Açoriano Oriental, que é não só o mais velho jornal português em publicação contínua, e xx(??) da Europa. Portanto, fomos sempre ligados à comunicação social, e eu fui, comecei aí sempre como, na parte administrativa, nós compramos depois esse jornal, eu tinha a parte administrativa e financeira, meu irmão tinha a parte editorial,
Jorge Moura p1 de 7 aos 2M28S- e foi assim que eu me habituei a trabalhar em jornais. Nunca trabalhei como jornalista, com aquela, aquilo que eu chamo jornalista, que é o homem que está no jornal, que faz as notícias, de vez em quando faz uma opinião, mas é basicamente um investigador de notícias, um desenvol, um desenvolvimentista de notícias. E eu fui colaborando em várias coisas, comecei a escrever num jornal de futebol e tinha mania que sabia escrever, que é uma coisa que a gente não xx(??), e comecei a querer trabalhar em jornais. xx(??) nos Açores, depois fiz o liceu(??). — Portanto mas isso ainda durante a escola, o liceu. — Isso durante o liceu. — E como era o liceu?
Jorge Moura p1 de 7 aos 3M24S- — O liceu era muito bom, era um liceu com corpo docente extraordinário, de uma cultura humanista, século 19, todos eles, todos os professores, e aqui é bom explicitar. Todos os professores que eram de facto efetivos e vieram e vivam lá e faziam xx(??) lá, era todos gente gente das letras. Gente como o Armando Couto Reis, do Rui xx(??), portanto gente que tinha alguma projeção cultural nacional, como o xx(??) Carvalho, considerado o maior anterista português, portanto é o que mais sabe do Antero, foi meu professor de história, foi meu professor de geografia, foi meu professor não sei de quê, portanto, tocava várias teclas. E portanto
Jorge Moura p1 de 7 aos 4M26S- juntava tudo num… não sei se tinha programa, devia ter, xx(??) não sabia o que que era, ligava umas coisas com as outras. Portanto deu-nos, esse grupo de pessoas deu-nos uma uma preparação intelectual muito abrangente e com, basicamente, fazia nos interessar pelas pistas(??) que nos davam, que nós completávamos(??) com leituras. É evidente que era um ano, estamos a falar de 43 a 54, portanto uma altura já sob o Regime do Estado Novo, todas essas pessoas eram como se chamam, se chamaria hoje de xx(??), portanto gente com com interesses muito para além do do ensino.
Jorge Moura p1 de 7 aos 5M17S- Muito ligadas à vida da da cidade, ao ambiente da cidade, das coisas que se passavam na cidade, intervenientes. Portanto aquilo eram grupos muito interessantes e que ainda hoje recordamos entre nós, e que continuamos a ajudar, sob essa égide, também. Portanto foi uma vida culturalmente, académica não muito rica, mas culturalmente muito muito rica e muito interessante. Como eu gostava muito de desportos e de vida ao ar livre e isso eu gostava que não fosse ouvido pelos pelos pelos jovens adolescentes – e que gostava muito pouco de estudar, gostava muito pouco de estudar formalmente. Gostava muito de ler, tenho uma biblioteca razoável, que não está cá, está no Algarve, tenho uma casa e que é a que chamo a minha casa porque é xx(??)que tenho as minhas coisas pessoais.
Jorge Moura p1 de 7 aos 6M21S- E está reduzida agora a dois terços, ou pouco menos, porque ofereci parte, doei parte da minha, da minha biblioteca privada a uma biblioteca municipal em xx(??). Portanto, fui formado com este conjunto xx(??). Não teve xx(??) nenhuma, mas parece que não me fez falta, porque deu uma orientação para estudar, as coisas que me interessavam, as coisas que são interessantes. E voltando à história de há um bocadinho, eu quando a minha amiga professora(??) do liceu, diz que a história de Portugal xx(??), não sei onde, faz não sei o quê, xx(??).
Jorge Moura p1 de 7 aos 7M14S- Eu não sei, mas sei qual foi o trajeto social da sociedade portuguesa. Agora se isso foi em 1924, se foi em 1700 e não sei quanto, tem que ir lá ver. E eu acho que as enciclopédias diziam e agora então a internet resolveu nossos problemas todos. Mas a compreensão do comportamento humano e cultural da sociedade foi sempre um aspeto que me interessou imenso. E que julgo que serão as coisas que me dá pelo menos para analisar e apreciar xx(??) correto.
Jorge Moura p1 de 7 aos 7M47S- Face a esse meu interesse tão disperso, tão pouco, tão pouco académico, tão pouco estruturado e o meu gosto pelo desporto e pela vida ao ar livre, quando chegou o 7º ano, queria ia para educação física, não fui porque tinha um tio meu que era o patriarca da família, que era professor de educação física e que me chamou sempre a atenção porque “não vais por aí” porque nós somos os escravos dos professores do liceu porque ganhavam menos e não tinham colocação, não eram licenciados, portanto, era outro escalão, disse a mim:
Jorge Moura p1 de 7 aos 8M27S- “não faz isso rapaz, não é por aí, xx(??) do” Algarve com esse curso que não serve para nada. Naquela altura, naquela altura, estamos a falar em 54, a única colocação que um licenciado, que um licenciado não, porque nem sequer eram licenciados em educação física, que um curso de educação física no então Instituto Nacional de Educação Física só tinha lugar no liceu. Não havia outra xx(??). Não havia ginásios, não havia institutos, não havia nada. Era funcionário público, tinha que ser funcionário público se queria trabalhar na na profissão.
Jorge Moura p1 de 7 aos 9M3S- E eu escolhi, e como não me deixaram ir para para o então INEF, a coisa mais parecida(??) que me apareceu foi a escola do Exército. Claro que fiz os primeiros anos preparatórios, chumbei em física e química e em matemática. Fui fazer as xx(??) cadeiras em Coimbra, a estudar em Coimbra, estudei lá um ano… — Portanto, deixe-me só… para ficar claro. [ajuste no microfone] — Estava-me a falar já do curso geral, o preparatório da escola do Exército, não é? Mas eu ainda estava com curiosidade para saber esta sua passagem pelo Açoriano Oriental, mesmo que só, a, como administrativo… — Mas vo… eu preferia manter a linha
Jorge Moura p1 de 7 aos 9M58S- cronológica, porque a minha ligação ao Oriental xx(??) anos depois. — Ah, pronto, fui eu que percebi mal. — Fui, fui… Não, não, é, minha ligação aos jornais foi ao Diário dos Açores e ao xx(??) dos Açores. O Açores Oriental era na altura um jornal semanário e portanto com pouca expressão e só, nos anos 70 e 70 e alguns, já não sei quantos, compramos o Açores Oriental e a empresa do Açores Oriental tinha um jornal, um jornal semanal, que era esse, tinha um jornal diário que era o Açores, tinha uma rádio,
Jorge Moura p1 de 7 aos 10M47S- e nós fizemos então a transformação do Açores Oriental, porque o Açores Oriental como sabem, é porque era do grupo oriental dos Açores, portanto, não tinha… tava muito circunscrito a um distrito na altura, é, e passamos esse a diário e usamos o outro como revista, mais abrangente xx(??). — Em que jornais é que colaborava nessa altura, em que estava no liceu? — No Diário dos Açores. — E que tipo de colaboração? — xx(??) depois fui metendo umas aspas(??) políticas ou de cidadania, digamos assim, e quando vim para Lisboa passei a fazer algumas correspondências, que não eram correspondências, era… tinha até um título, as crônicas tinham um título que para mim era sugestivo, “Gente, gente xx(??)”. E que procurava
Jorge Moura p1 de 7 aos 11M51S- relacionar as coisas que se passavam aqui que tinham relação com os Açores. E fui fazer essa ponte. Portanto, eu nem sempre evoluí numa empresa de comunicação. xx(??) me deram xx(??) e justificação para minha escolha profissional. Eu quando comecei, quando vim de Coimbra, com mais dois chumbos às costas, cheguei até xx(??) meu pai olha não, não vai xx(??) isto não vai dar, portanto, vamos arranjar um emprego. E também xx(??), o máximo dos máximos que havia, era gente do 7º ano
Jorge Moura p1 de 7 aos 12M34S- do liceu, não é. E que tinham o emprego que quisessem, onde quisessem. Porque a grande maioria escolar acabava na quarta classe, no melhor dos mundos, no 5º ano e só uma situação muito rara, por exemplo, nós éramos mais de 40 no 5º ano e éramos no 7º ano 16 ou 17 não é. E gente já com destino ao ensino superior, e ao ensino superior que também, é bom recordar, estava limitado. Eu, por exemplo, professores do ensino secundário xx(??) médicos, ou engenheiros ou advogados. Portanto, as limitações eram muito pequenas. Então, quem chegava ao mercado de trabalho já com o 7º
Jorge Moura p1 de 7 aos 13M28S- ano feito, ou alguma frequência universitária, não tinha dificuldade nenhuma em arranjar emprego. Eu lembro perfeitamente que concorri a dois empregos simultaneamente com um amigo meu, com a xx(??) partida centraram nos dois, eu vou para aquele e tu vais ficar com aquele outro. Portanto, havia essa hipótese xx(??) escolher. Depois concorremos, centramos xx(??) para qual deles é que vamos entregar. xx(??).
Jorge Moura p1 de 7 aos 13M57S- Portanto, arranjei um emprego em 59, na xx(??) portuguesa já, num escritório de contabilidade. Entretanto, quando nesse intervalo tinha feito um curso de contabilidade no no ensino técnico. E foi assim que comecei a minha vida. Depois tive uma sorte, a vida é toda feita de acasos, a quem chame de sorte, outros chamam destino, depende da formação espírita que se tem,
Jorge Moura p1 de 7 aos 14M26S- faz uma viagem, a empresa promove uma viagem de jornalistas continentais a São Miguel para perceber o que era, o o que era o ambiente do Açores, porque sabia-se muito pouco do Açores cá fora, muito pouco mesmo. Vou contar uma, não é contar uma anedota, referi várias anedotas, algumas anedotas que eram comuns naquela altura. xx(??) há quem jure que está documentada, mas eu não tenho documentação, de um ministro da Guerra, na altura ministro da Guerra, ter mandado deslocar um bata… uma companhia de soldados da terceira(??) para São Miguel por via ordinária(??), que na linguagem militar quer dizer a pé, até as pessoas xx(??), xx(??), há muitos brancos lá. Coisas que eram comuns xx(??). Havia um desconhecimento total,
Jorge Moura p1 de 7 aos 15M32S- não sei se politicamente orientado, se não, não vou tão longe, mas de facto havia um um desconhecimento muito grande. Hoje em dia é uma coisa que impressiona muita gente e nós próprios, isso foi levantado agora naquela xx(??) dos Açores, que justifica-se hoje em dia uma casa dos Açores. xx(??) Casa dos Açores na Madeira, no Alentejo, no Minho, em Lisboa. Qual é o preparo que eles vão ter, porque a gente vê isso xx(??) outra vez.
Jorge Moura p1 de 7 aos 16M17S- Os mais, os mais novos presentes nessas xx(??) eram da minha geração. Os outros, porque já milhares agora aqui, porque muitas as razões até… razões muito simples. Nós vínhamos para cá em setembro ou outubro, regressávamos à casa em junho do ano seguinte, não é? Hoje em dia qualquer, qualquer estudante, seja de que situação económica for, vai à casa no Natal, muitos vão à casa no Carnaval, quase todos vão na Páscoa. Portanto, há um… não há uma necessidade para qual há um convívio entre os estudantes, porque xx(??) não saíram de casa, foram… xx(??) qualquer estudante aqui que está xx(??) noutro sítio e que tinha que vir para Lisboa.
Jorge Moura p1 de 7 aos 17M11S- A solução era xx(??) sair de casa. Hoje em dia isso não se estica(??). Mas no entanto quando cheguei a Lisboa, me inscrevi na Casa dos Açores que era onde nos encontrávamos. E havia xx(??). Porque os… a sociabilização , mesmo em Lisboa naquela altura, era feita muito regionalmente. Porque ou era nos clubes festivos, ou era nas escolas. Portanto não havia fácil entrada numa sociedade nova. Portanto, se criou essa essa necessidade. E, portanto, xx(??) achou que era interessante
Jorge Moura p1 de 7 aos 17M54S- levar um conjunto de jornalistas daqui a a conhecer, a conhecer, pelo menos xx(??), ver o que é que se passava, qual eram os problemas, e, digamos, foi a minha, minha primeira presença numa ação que depois e hoje em dia xx(??) como ação de relações públicas, e permitiu-me ser destacado xx(??) para acompanhar os jornalistas de cá. Porque alguém tinha que explicar, não bem traduzir, mas enfim era preciso alguma capacidade de linguagem da comunicação daquele linguajar. Portanto, deu-me esta oportunidade. — Estávamos em 59? — 59. — Portanto,
Jorge Moura p1 de 7 aos 18M36S- era uma visita no fundo que hoje dizemos de imprensa, não é? — Sim, xx(??) — xx(??) no Açores. — Paga pela xx(??), desenvolvida pela xx(??), orientada e paga pela xx(??), aos Açores onde foram dos melhores jornalistas dos principais jornais de Lisboa e do Porto. Foram lá. E esse contacto deu-me… e minha capacidade de movimentação(??) era muito grande. Todo xx(??)sabe que… nós éramos todos mais ou menos conhecidos. Portanto, tinha entrada em qualquer redação
Jorge Moura p1 de 7 aos 19M7S- de jornal, em qualquer rádio, em qualquer… xx(??) uma coisa bastante curiosa que os jornalistas ainda ficaram assim a olhar para… a dificuldade imensa que era publicar fotografias. Não… havia uma, uma loja, uma pessoa que fazia fotografias. Portanto, era preciso ir lá, arranjar maneira deles fazerem a fotografia para aquele dia que eles precisavam para mandar para Lisboa. De avião, não havia, não havia teletransporte de fotografias.
Jorge Moura p1 de 7 aos 19M42S- Portanto, tudo isso deu-me exposição nessa área. Que me levou mais tarde um convite de Lisboa para para xx(??) em Lisboa. Esse encadeamento de coisas é que me trazem um bocado de dentro de uma, um amadorismo na imprensa para uma profissão na Comunicação. E foi, foi por essa via que cheguei a Lisboa e caí num num centro daquilo que se chamava nessa altura em Lisboa, relações públicas. E depois já percebi que
Jorge Moura p1 de 7 aos 20M25S- só só em Portugal é que eram relações públicas. Nós trabalhávamos xx(??) aos americanos, minha empresa era uma empresa americana que… e o assunto que nós tratávamos xx(??) americana, eram na realidade Public xx(??). Toda a minha vida fui relações públicas aqui em Portugal. Mesmo assim já era mal entendido, quanto mais Public xx(??) lá. E foi assim que eu comecei. E e com ação, e com ações, ainda tenho ali o meu primeiro jogo de scripts(??) no no no Departamento de Relações Públicas
Jorge Moura p1 de 7 aos 21M11S- e mantenho a mesma estrutura que eu manteria se tivesse ido a fazer a profissão, que é a escolha dos públicos a quem, com quem queremos comunicar e os meios utilizados por esses públicos de acordo com a, com os meios de comunicação que lá chegam. Começaram comigo, eu comecei com os jornais, depois a rádio começou também a ter, a ter alguma representação, e acabamos na televisão. E já não cheguei às redes sociais. Ou por outra, as redes, as redes sociais chegaram atrasadas em relação ao meu progresso de vida. Ao meu percurso de vida.
Jorge Moura p1 de 7 aos 21M55S- E isso me deu uma visão parece-me que, para a profissão, e para aquele ramo da Comunicação, com com muito interesse, para mim com muito gosto. — Posso pedir-lhe que recorde o que era um dia normal em 63? — Em 63? Em 63? — Quando vai para Lisboa, não foi por aí? — Foi. — Então, em 63. — xx(??) secretária [risos] e o meu primeiro… a minha primeira xx(??) era ler os jornais todos que se publicavam em Lisboa e no Porto,
Jorge Moura p1 de 7 aos 22M35S- fazer um resumo do das notícias que eventualmente interessariam à atividade da xx(??) em Portugal, passá-las ao papel e entregar aos administradores quando eles chegassem ao escritório. E como na xx(??) os administradores eram todos funcionários da casa, não eram… nunca tivemos embaixadores nem polí… embaixadores nem nem políticos xx(??) como administradores, eram funcionários que tinham atingido o grau de administrador, entravam às 9 horas da manhã. E portanto, havia que chegar ao escritório de maneira que às 9 horas quando eles entrassem tinha um resumo do dia em cima da mesa.
Jorge Moura p1 de 7 aos 23M20S- E daí se quisessem mais alguma explicação ou mais algum aprofundamento, xx(??) fazia esse aprofundamento. Esses foram meus primeiros tempos na nas relações públicas da xx(??). E depois isso aí levou-me a criar familiaridade com com os jornalistas que eram na altura de facto os grandes, os grandes mediadores da comunicação. E xx(??) ao meu lado trabalhava uma pessoa, que eu acabei por substituir, que
Jorge Moura p1 de 7 aos 23M56S- foi o Cortes(??), o António Cortes(??), que saiu dali para ir para a BBC. Se fazia… tinha outro que estava encarregado de da atividade edi, editorial da empresa para suportar as mensagens xx(??), nós tínhamos várias formas de comunicar. Havia uma uma colega minha que toda a sua vida se dedicou a duas funções fundamentais em relações públicas: foi a no… a ligação da empresa às… o que eles chamaram de…às instituições sociais. Se xx(??) da caridade social. Havia essa ligação. — Era mesmo
Jorge Moura p1 de 7 aos 24M43S- uma política de responsabilidade social? — Social. xx(??). E o e o quarto, por acaso não era o quarto, era a mesma senhora que tinha, a minha colega, que tinha ligação com a, com o meio académico. Porque é [risos]… não quero ofender os amigos do técnico nem da faculdade de Ciências, mas foi o meu amigo que primeiro descreveu(??) o espectro, espectrozômetro de massas para a universidade, foi oferecido por nós e treinado por nós. Por quê? Porque nosso universo(??) era xx(??) e não havia em Portugal maneira de analisar um lubrificante como devia ser. E nós passamos a dar não só isso, como a contribuir também com informação técnica
Jorge Moura p1 de 7 aos 25M43S- para áreas especializadas do do ensino xx(??). E isso era acompanhado tudo com publicações que nós fazíamos e importamos muitas da da América ou da Inglaterra. Traduzíamos para o Português e transformamos em livros, para distribuir aos estudantes
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