António Filipe Macedo e Brito Cartaxo (António Cartaxo)
António Cartaxo nasceu na Amadora, em 1934, filho de um militar opositor do regime do Estado Novo, e de mãe, na altura, doméstica, tendo vivido a infância e juventude entre Angola, Évora, Portalegre e Estoril. No Alentejo, onde iniciou o ensino primário, tornou-se leitor ávido d’ O Mosquito, revista infantojuvenil muito popular à época. Como escreveu, “devorava as imagens das histórias de quadradinhos com gosto e havia uma história que lia e mentalmente acompanhava com um tema musical” (Cartaxo, 2012). Anos mais tarde, percebeu que se tratava de uma sonata de Beethoven que ouvia as tias tocar. O contacto com a música clássica foi precoce muito por influência daquelas familiares próximas, mas também de um tio, que tinha estudado música. As memórias mais nítidas são na casa do avô, em Évora, onde se respirava “um ar de música” (Cartaxo, 2010: 16).
Aos 16 anos, enquanto procurava colocação profissional para ajudar a equilibrar o orçamento familiar, inscreveu-se no 6º ano, na área de Direito, do Liceu Pedro Nunes, onde teve como colegas de turma António Brás Teixeira, Alberto Vaz da Silva, Fernando Gil, Hélder Macedo, João Benárd da Costa, Jorge Fagundes, Ruy de Albuquerque, entre outros. Abandonou o liceu, no segundo período, e ingressou como arquivista no Sindicato dos Empregados de Escritório do distrito de Lisboa, onde se manteve durante dois anos. Aos 18 anos, entra para a empresa que estava a construir o metro de Lisboa.
No ano letivo de 1951-52, sob a orientação do filósofo e pedagogo José Marinho, preparou-se afincadamente para os exames de acesso à universidade. Inscreveu-se como estudante voluntário (hoje trabalhador-estudante) em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1954/55 ?), formação que interrompeu para cumprir o serviço militar obrigatório no curso de oficiais milicianos da Escola Prática de Infantaria, em Mafra, concluído, em 1961, ainda antes do início da Guerra Colonial. A seu pedido, permaneceu mais dois anos no exército, vindo a ocupar o cargo de oficial na Biblioteca do Estado Maior do Exército. Foi nesse período que terminou a licenciatura (1958?). Nessa sequência, e depois de uma estadia na Alemanha, ingressou na empresa petrolífera Mobil Oil, com a tarefa de criar a revista de pessoal daquela multinacional.
Num sábado de manhã de 1962, ao ler o Diário de Notícias, deparou-se com um anúncio da BBC que procurava duas pessoas com conhecimentos da língua e cultura inglesa para a Secção portuguesa. Sem qualquer experiência enquanto jornalista ou de locução, mas com competências no âmbito da cultura e língua inglesa, que cultivara desde a infância devido ao contacto permanente com este idioma por via da mãe, rececionista do Instituto Britânico, Cartaxo não hesitou. Propôs-se, realizou provas e preencheu um dos lugares, sendo o outro ocupado pelo escritor e tradutor Manuel Seabra.
No ano seguinte, em abril de 1963, com Cartaxo e Seabra aos microfones, são retomadas as emissões em onda curta da Secção portuguesa da BBC. Estas emissões tinham sido suspensas a 9 de agosto de 1957. As razões desta entrepausa não estão ainda completamente esclarecidas, carecendo de investigação mais aprofundada. O jornal The Times de 9 de agosto justifica o encerramento por razões económicas; Nelson Ribeiro refere o desinteresse do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico por estas emissões (Ribeiro, 2009: 267). Em Portugal, o Diário de Notícias e o Diário Popular noticiam este episódio com ironia.
Cartaxo e Seabra permaneceram 13 anos (entre 63 e 75) no serviço noticioso daquela estação. A programação incluía principalmente noticiários, que chegavam da redação inglesa. Aos jornalistas portugueses cabia-lhes a tarefa da tradução e locução. O que Cartaxo mais apreciava era comunicar notícias que, sabia, seriam censuradas em Portugal: novos presos políticos, tentativas falhadas de manifestações reprimidas pela polícia e textos da imprensa britânica sobre a situação política de Portugal, regra geral, com um tom de crítica ao regime. Do trabalho na BBC, Cartaxo destaca dois acontecimentos marcantes que cobriu e noticiou para Portugal: a morte de Humberto Delgado, em 1965, como se sabe, um militar da Força Aérea que se tinha transformado num fervoroso opositor ao regime. Segundo artigos publicados no jornal britânico The Times, podia deduzir-se que fora um assassinato perpetrado por agentes da polícia política – PIDE (Cartaxo, 2010, 106-107); e, em julho de 1973, a visita de Marcello Caetano, Presidente do Conselho de Ministros, a Londres, por ocasião dos seiscentos anos da aliança luso-britânica. Na véspera da sua chegada, a 16 de julho, já a imprensa britânica dava voz à contestação. A questão central que se discutia era a política do governo português nas colónias africanas. As denúncias públicas do massacre na aldeia de Wiriamu feitas pelo padre católico Adrian Hastings nas páginas do The Times, uns dias antes, a 10 de julho de 1975, tinham agravado o mal-estar. Um dia depois destas declarações, a 11 de julho, a imprensa britânica refletia o incómodo provocado pela visita. O assunto de primeira página dos jornais londrinos eram os massacres e a visita de Marcello Caetano. Esta contestação estendeu-se às ruas de Londres, mas também ao parlamento britânico com Harold Wilson, líder do Partido Trabalhista, a pedir o cancelamento da visita.
A estadia de Marcello Caetano e da sua comitiva foi amplamente coberta pela Secção portuguesa, com particular destaque para os protestos com que foram recebidos. Foram apupados, lançados caixotes do lixo sobre as viaturas oficiais e os funcionários do Museu Britânico fizeram greve no dia em que era suposto Caetano visitar o museu com o argumento de que não toleravam a presença de ditadores no seu país. Muitos anos depois, Cartaxo declarou: “As verdades que dissemos nessa semana justificariam os anos nos quadros da BBC” (Cartaxo, 2010: 126).
A chegada a Londres, aos 28 anos, possibilitou a Cartaxo uma “segunda grande formação musical” (2012).Todas as manhãs, atravessava a ponte de Waterloo e assistia a um concerto, antes de entrar ao serviço nos estúdios da BBC. “Ouvia muita música, com um certo empenho. Guardo todos os programas desses concertos e é interessante ver as notas que tomava” (Cartaxo, 2012). Foi nesse período que frequentou um curso de musicologia na Open University, chegando a compor canções. Em 1972, edita o álbum “País de cravos, país de cardos”, com poemas de António Borga que, entretanto, também integrará os quadros da BBC. Esta ligação à “arte das musas” teve o seu quê de herança familiar, na medida em que “do lado do pai [tinha] três tias pianistas em Évora. Do lado da mãe, músicos do teatro de revista. O tio Vasco Macedo notabilizou-se com a “canção do cigano”, celebrizada por Alberto Ribeiro. A mãe levava-o aos concertos de Pedro de Freitas Branco” (Antena 2, 2010).
Nas vésperas do 25 de abril de 1974, a BBC, ciente da fragilidade do regime do Estado Novo e do clima de crescente descontentamento na sociedade portuguesa, tende a alinhar-se cada vez mais à oposição, “tornando-se uma voz sem peias contra o regime de Caetano” (Cartaxo, 2010, 130). Com este novo posicionamento editorial, ter como aliada uma equipa de jornalistas opositores ao regime era, segundo Cartaxo, uma vantagem para a estação. Foi assim que jornalistas como Manuela de Oliveira, António Borga, Carlos Alves, Joaquim Letria, Paulo David, Jorge Ribeiro e o próprio Cartaxo lhe serviram na perfeição. Nos dias que se seguiram à Revolução, a Secção entrou, segundo Cartaxo, em autogestão. As emissões eram avidamente escutadas pelos ouvintes que procuravam saber de fonte fidedigna o que estava realmente a acontecer em Portugal. À exceção de Ribeiro e Cartaxo, todos os demais jornalistas da Secção, na sequência da Revolução, regressaram a Portugal.
Em 1975, em pleno processo revolucionário, em que as tensões políticas entre a esquerda e a direita política estavam ao rubro, o ambiente de trabalho na Secção portuguesa deteriorou-se. Ribeiro e Cartaxo enfrentaram a crescente censura das suas emissões, contra todos os princípios de independência que tinham, até à data, caracterizado a estação pública britânica. Em março de 1975, na sequência de comentários que Cartaxo terá proferido a propósito de um programa de debate da TV inglesa da BBC – Midweek – sobre a situação política que se vivia em Portugal (onde esteve apenas representado um partido português, o CDS, na pessoa de Adelino Amaro da Costa, entre outros intervenientes), a estação fez-lhe uma repreensão. Teria recebido uma reclamação do CDS, que acusava os comentários de Cartaxo de falta de objetividade.
A 22 de julho desse ano, Jorge Ribeiro foi convidado a demitir-se. Dias depois, a 6 de agosto, o mesmo ocorreu com Cartaxo. Ambos recusaram a cessação do contrato e acabaram suspensos no final desse mês. A decisão da BBC terá sido desencadeada por declarações proferidas por Winston Churchill (neto), deputado conservador na Câmara dos Comuns, segundo as quais, Mário Soares, então líder do Partido Socialista Português, lhe confidenciará que a Secção Portuguesa da BBC revelava com frequência uma linha pró-comunista. Depois de ter tomado conhecimento destas declarações, a estação terá começado a preparar os despedimentos de ambos os jornalistas. A 2 de outubro de 1975, a demissão é comunicada a Ribeiro, com a justificação de “supostos lapsos técnicos…” (Cartaxo e Ribeiro, 1977, 30), o mesmo ocorrendo com Cartaxo semanas mais tarde, a 17 de outubro, “por supostos lapsos profissionais de objetividade e por ‘refletir atitudes que não são compatíveis com as da BBC’” (Cartaxo e Ribeiro, 1977, 30). Num artigo intitulado “’Porque fomos despedidos da BBC’”, publicado no semanário O Jornal (31 outubro de 1975, p. 11), Cartaxo e Ribeiro interpretam do seguinte modo as suas demissões:
“A história do nosso despedimento, que é uma história de perseguições pessoais, vitimização, calúnias, provocações e outras coisas do género, é também a história triste de como expedientes políticos de momento e uma aliança de elementos dispares que têm como ponto comum a sua ambição pessoal podem destruir uma fonte de informação tida como fidedigna. O fim dos Serviços em Português da BBC poderá ainda não ter estar para já. Mas só quem tenha as vistas muito curtas não deixará de se aperceber de que o caminho por onde a BBC agora enveredou é daqueles em que já não há saída.”
Iniciava-se assim um processo longo e conturbado de conflito dos dois jornalistas com a estação britânica, que terminaria com uma ação em tribunal. Os profissionais contaram com a defensa de Lord Gifford, reputado advogado de causas controversas e, à altura, membro da Câmara dos Lordes. Durante o julgamento, receberam vários apoios. No Reino Unido, estiveram ao seu lado destacados deputados do Partido Trabalhista e outros partidos da esquerda, bem como a União dos Jornalistas, a União dos Estudantes e alguns jornais, como o Times e o Observer, que publicaram artigos favoráveis à posição dos dois jornalistas. Em Portugal, destacou-se o apoio do então Presidente da Assembleia da República, Vasco da Gama Fernandes. O processo judicial teve o seu desfecho a 4 de março de 1977, quando foram conhecidos os acórdãos do tribunal, que confirmavam as demissões dos dois jornalistas.
Cartaxo tinha, entretanto, regressado definitivamente a Lisboa em 1976, ingressando, no ano seguinte, na Radiotelevisão Portuguesa (RTP), que, nessa fase, integrava as atuais Antena 1 e Antena 2. No final desse ano, durante os intervalos das audiências no tribunal, Cartaxo e Ribeiro, tendo tido conhecimento que a Radiodifusão Portuguesa ia abrir um concurso radiofónico por ocasião dos 150 anos da morte de Beethoven, projetaram um programa de rádio intitulado “Você gosta de Beethoven?”. Acabaram por enviar a proposta anonimamente (assinada X Melos), e ganharam a competição nacional através de votação popular, representando Portugal no Concurso Internacional Pró-Música da Rádio Budapeste. No mês seguinte, receberam a notícia que tinham conquistado o primeiro prémio ex-aequo. Na Antena 2, Cartaxo realizou e apresentou programas como “Histórias da música… e outras” (1985), programa dedicado à II Guerra Mundial, uma adaptação do programa original “Das Cinzas Renasceu o Belo”, “De olhos bem abertos” (2005), “Em Sintonia… com António Cartaxo” (2006-2013) e “40 anos de programas” (junho-setembro 2016). No âmbito da programação de “Histórias da música… e outras”, anteriormente referido, em 1986, realiza “As brigadas internacionais na Guerra Civil espanhola”, documentário radiofónico que contou com a participação de Maria do Ceu Guerra, Cândido Mota, Luis Filipe Costa e assistência técnica de José Manuel Gonçalves e Rui Remígio.
Na Antena 1, realizou e apresentou “Grandes Músicas” e “Paixões Cruzadas” (2012), com António Macedo. É também da sua autoria e realização o programa televisivo “Grandes Músicas”, sobre música erudita, transmitido na RTPN entre junho e agosto de 2006. Em 2017, participa no documentário ”Humberto Delgado -Relâmpago no céu azul”, sobre a vida e a morte de Humberto Delegado, da autoria e realização de José Jorge Letria.
O percurso na rádio valeu-lhe prémios nacionais e internacionais. Destacam-se o Prémio Ondas de Radio Barcelona (1982), com um documentário sobre Igor Stravinsky, o primeiro prémio do Concurso Internacional da Rádiodifusão Checoslovaca – Prémio Musical da Rádio Brno, com o programa “Das cinzas renasceu o belo”, o Prémio Gazeta do Jornalismo, na modalidade rádio (1987), por um programa dedicado a Fernando Lopes-Graça, e o Prémio Igrejas Caeiro (2016), atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores, que distingue personalidades da rádio portuguesa.
A vivência e o conhecimento do mundo anglo-saxónico deram-lhe a possibilidade de experimentar a docência. Ensinou inglês no ensino secundário numa cooperativa de ensino, em Lisboa, experiência da qual resultaram dois livros para o ensino desta língua: These Islands (Editorial Presença, 1975) e English Prose Composition (Editorial Presença, 1980). Em 1978, ocupou o leitorado de português na Universidade de Varsóvia, na Polónia, onde permaneceu durante um ano. A 1 de outubro de 1979, ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para leccionar Inglês e Cultura Inglesa do séc. XX, aí se mantendo até 2000. Em 2012, foi convidado para lecionar na Universidade de Aveiro seminários sobre música.
A par da rádio, da televisão e da docência, continuou a cultivar o seu gosto pela escrita, contando com vários livros publicados, entre os quais BBC Versus Portugal. História de um despedimento político (1977), em coautoria com Jorge Ribeiro, Palavras em Jogo (1990), Ao Sabor da Música (1996), O Meu Primeiro Mozart (coautoria com Rosa Salvado Mesquita e ilustrações de Pedro Machado) (2006), O Meu Primeiro Chopin (coautoria com Rosa Salvado Mesquita e ilustrações de Carlos Martins Pereira) (2009), Efemérides Românticas (2010) e Quase Verdade como são Memórias (2012), este último, uma autobiografia que lhe valeu, no mesmo ano, o Prémio Alçada Baptista.
António Cartaxo faleceu, em Lisboa, a 5 de janeiro de 2023, aos 88 anos.
Referências bibliográficas
Alexandre, R.; Cartaxo, A. & Borga, A. (27 janeiro 2022). Pais de cravos, país de cardos: um disco com 50 anos. TSF. Disponível em: https://www.tsf.pt/portugal/cultura/pais-de-cravos-pais-de-cardos-um-disco-com-50-anos-feito-na-bbc-14532367.html
Cartaxo, A. (2012, 3 março). António Cartaxo: Tenho a sensação que os críticos pouco me apreciam. Jornal I, 3 de março de 2012. Disponível em: https://ionline.sapo.pt/artigo/453829/antonio-cartaxo-tenho-a-sensacao-que-os-criticos-pouco-me-apreciam-?seccao=Mais
Cartaxo, A. (2010). Quase verdade como são memórias. Lisboa. Edições Colibri
Cartaxo, A. E Caetano, L. (2016). António Cartaxo – 40 Anos de Programas. Antena 2. Disponível em https://www.rtp.pt/antena2/destaques/antonio-cartaxo-40-anos-de-programas-domingo-13h00-sexta-feira-17h00_3380Cart
Cartaxo, A. & Ribeiro, J. (1977). BBC Versus Portugal. História de um Despedimento Político. Edições Estampa. Lisboa.
Cartaxo, A. & Ribeiro, J. (31 outubro 1975). “’Porque fomos despedidos da BBC’”, O Jornal, Ano I, nº 27, 31 outubro a 5 novembro 1975: 11.
Dias, A. S. & Cartaxo, A. (2010, 6 fevereiro). Entrevista a António cartaxo, radialista e professor universitário. In: Programa A Força das Coisas. RTP/Antena 2. Disponível em: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/entrevista-a-antonio-cartaxo/
Dias, A. S. & Cartaxo, A. (2004, 5 julho) Entrevista de Ana Sousa Dias a António Cartaxo. In: Por outro Lado. RTP. Disponível em: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/antonio-cartaxo/
Júdice, J. (31 outubro 1975), “’O Jornal entrevistou o padre Hastings’. Foi um capelão dos comandos quem revelou os massacres de Wiryamu”, O Jornal, Ano I, nº 27, 31 outubro a 5 de novembro 1975: 20.
Ribeiro, N. (2010), “Salazar’s interference in the BBC Portuguese service during the World War II”, Journalism Studies, 11: 2: 257-269, DOI: 10.1080/14616700903217471.
Sousa, L. de (7 novembro 1975), “Luís de Sousa (BBC) responde a António Cartaxo e Jorge Ribeiro”, O Jornal, Secção Escreve connosco, Ano I, nº 28, 7 a 13 novembro 1975: 14.
Agradecimentos:
Agradecemos à Rosa Salvado Mesquita a leitura atenta, os esclarecimentos e a partilha de documentos que permitiram, depois do falecimento de António Cartaxo, concluir esta versão da nota biográfica. Estamos também muito gratos ao Pedro Aires de Oliveira, por nos ter incentivado a fazer esta entrevista e ter partilhado recortes da imprensa britânica relativos o encerramento da Secção portuguesa da BBC; e ao Nélson Ribeiro, pela troca de impressões sobre a suspensão das emissões e a sua retoma em 1962, na sequência do início da Guerra Colonial.
Filipa Subtil (ESCS-IPL; ICNOVA; LIACOM)
Maria Inês Domingos (ESCS-IPL)
Liliana Pedro (ESCS-IPL)
Paulo Barbosa (ESCS-IPL)
Maria Moreira Rato (Jornais Sol e i)
Parte 1 de 5
preparação e provas (locução, tradução e composição) prestadas para admissão à BBC; Xavier Pintado; 1962; Comunidade Económica Europeia; EFTA; Europa; Mobil Oil; Manuel Seabra; Augusto da Silva, Serviço Português da BBC; Fernando Pessa;
Parte 2 de 5
Parte 3 de 5
a experiência como correspondente do Diário Popular, em Londres, 1973; Francisco Pinto Balsemão; crónicas de carácter cultural; crise na Rodésia; Ação Socialista;
a experiência como correspondente do Diário Popular, em Londres, 1973; Francisco Pinto Balsemão; crónicas de carácter cultural; crise na Rodésia; Ação Socialista;
25 de abril de 1974; BBC; Partido Comunista; oposição ao Estado Novo; Alemanha, 1941; União Soviética; Processo Revolucionário em Curso (PREC); Ocidente; Cuba;
25 de abril de 1974; BBC; Partido Comunista; oposição ao Estado Novo; Alemanha, 1941; União Soviética; Processo Revolucionário em Curso (PREC); Ocidente; Cuba;
o processo de afastamento de Jorge Ribeiro e António Cartaxo da BBC; James Nadler; debate televisivo sobre Portugal; partidos políticos; CDS; PPD; Amaro da Costa; Partido Socialista; Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros; Eleições para a Assembleia Constituinte, abril 1975 ; Joaquim Letria; António Borga; Paulo David; Diário Popular; Jorge Ribeiro; Partido Republicano; prisão do pai no Aljube;
o processo de afastamento de Jorge Ribeiro e António Cartaxo da BBC; James Nadler; debate televisivo sobre Portugal; partidos políticos; CDS; PPD; Amaro da Costa; Partido Socialista; Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros; Eleições para a Assembleia Constituinte, abril 1975 ; Joaquim Letria; António Borga; Paulo David; Diário Popular; Jorge Ribeiro; Partido Republicano; prisão do pai no Aljube;
o processo de afastamento de Jorge Ribeiro e António Cartaxo da BBC; James Nadler; debate televisivo sobre Portugal; partidos políticos; CDS; PPD; Amaro da Costa; Partido Socialista; Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros; Eleições para a Assembleia Constituinte, abril 1975 ; Joaquim Letria; António Borga; Paulo David; Diário Popular; Jorge Ribeiro; Partido Republicano; prisão do pai no Aljube;
o processo de afastamento de Jorge Ribeiro e António Cartaxo da BBC; James Nadler; debate televisivo sobre Portugal; partidos políticos; CDS; PPD; Amaro da Costa; Partido Socialista; Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros; Eleições para a Assembleia Constituinte, abril 1975 ; Joaquim Letria; António Borga; Paulo David; Diário Popular; Jorge Ribeiro; Partido Republicano; prisão do pai no Aljube;
concurso “Você gosta de Beethoven?”; relançamento da vida profissional em Portugal;
a experiência de docência; leitor de português, Varsóvia; abertura de leitorados em países de leste, Liverpool, Fernando de Mello Moser, professor catedrático faculdade Letras, Universidade de Lisboa; Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA);
leitor de inglês e cultura inglesa do século XX;
União Europeia; a ida para Bruxelas; licença sem vencimento;
União Europeia; a ida para Bruxelas; licença sem vencimento;
Parte 4 de 5
União Europeia; a ida para Bruxelas; licença sem vencimento;
União Europeia; a ida para Bruxelas; licença sem vencimento;
União Europeia; a ida para Bruxelas; licença sem vencimento;
concurso “Você gosta de Beethoven?”; colaborador da RDP; série televisiva “Grandes Músicas”; RTP Memória; 150 anos morte de Beethoven; Rádio Budapeste; documentários; Editora Dom Quixote; Coleção de livros juvenis O meu primeiro…; O meu primeiro Mozart; O meu primeiro Chopin; O meu primeiro Camões; O meu primeiro Cervantes; O meu primeiro Beethoven; 250 anos do nascimento de Beethoven;
infância ligada à música clássica; BBC; New York Times; jornal infanto-juvenil O Mosquito; Évora; “Aventuras do Couto”; La Passionata; Beethoven; Lisboa; Londres; curso de musicologia, Open University; António Borga; disco “País de cravos, país de cardos”, 1972;
vida profissional na Antena 2: os programas “Em Sintonia\”, \”Histórias da música… e outras\”, \”De olhos bem abertos\” e outros; visita de João Paulo II, Varsóvia, Polónia; semanário O Jornal;
reconhecimento do trabalho realizado; RDP; Concursos internacionais; prémios conquistados: Budapeste; Checoslováquia; Centenário do nascimento de Stravinsky; Prémio Ondas de Radio Barcelona, 1982; Prémio Gazeta de Jornalismo, 1987, na modalidade rádio, com o programa “Nos 80 anos de Fernando Lopes Graça”, 1987; Prémio Igrejas Caeiro, 2016; Sociedade Portuguesa de Autores;
divulgador de música clássica; Rachmaninoff; Gustav Mahler; Antena 2; Fundação Calouste Gulbenkian; Londres;
sentimentos em relação ao desfecho do caso com a BBC; cinema King; Cinemateca; Emma Thompson;
o que não ficou por fazer profissionalmente; Manuel Alegre; Argel; Zeca Afonso; Londres; BBC; Emissora Nacional;
o que não ficou por fazer profissionalmente; Manuel Alegre; Argel; Zeca Afonso; Londres; BBC; Emissora Nacional;
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o que não ficou por fazer profissionalmente; Manuel Alegre; Argel; Zeca Afonso; Londres; BBC; Emissora Nacional;
o que não ficou por fazer profissionalmente; Manuel Alegre; Argel; Zeca Afonso; Londres; BBC; Emissora Nacional;
prisão do pai; Prisão do Aljube; Leiria; Salazar; PIDE; Mário Soares; Teófilo dos Santos; Pulido Valente; Partido Socialista; João Soares (pai de Mário Soares); Colégio Moderno;
Liceu Camões; Arquivos Históricos do Liceu Camões; Liceu Passos Manuel; João Soares (pai de Mário Soares); Colégio Moderno; filhos dos latifundiários do Alentejo; africanistas (filhos de brancos de Angola e Moçambique);
mágoa em relação a João Soares (pai de Mário Soares); João Soares (filho de Mário Soares); Partido Socialista; Lisboa; Estrada de Malpique; Rua João Soares;
razões para os incidentes no percurso liceal; Liceu Camões; Liceu Passos Manuel;
reflexões sobre a música sinfónica contemporânea; música do século XX; Stravinsky; Alban Berg; Anton Webern; música minimalista; Londres; concertos sinfónicos; Times; Royal Festival Hall; jazz; Mezzo (canal de música clássica francês); Fernando Lopes Graça; Béla Bartók.