Jorge Miguel Soares Moura – Parte 5 de 7

Jorge Miguel Soares Moura

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Jorge Miguel Soares Moura estudou na escola Academia Militar (Portugal). Iniciou a sua atividade profissional na MOBIL OIL PORTUGUESA, SA em 1959 onde permaneceu até 1991. De 1993 a 2003 foi administrador da LUSA – Agência de Noticias de Portugal.

Jorge Miguel Soares de Moura foi entrevistado por Mafalda Eiró Gomes – Registado por Miguel Batista – Lisboa 27 / Março/ 2017


Jorge Moura p5 de 7 aos 0M10S- — Falando de imprensa, vamos fazer a questão da praxe, não é, como é que era viver no regime?
Jorge Moura p5 de 7 aos 0M17S- Ditatorial, com censura… — Isso… essa pergunta, sem querer ser indelicado nem nem tutorial, devia fazer às pessoas da comunicação social, porque nós não éramos comunicação social, nós fornecíamos informação à comunicação social. Que eu tenha conhecimento, nunca, das comunicações à imprensa, quer escritas quer de conversas, tivesse,
Jorge Moura p5 de 7 aos 0M51S- tivéssemos tido, com seja qual for o jornalista, não tenho notícia nenhuma que tivesse xx(??) qualquer intervenção da da censura. Conhecia, conhecia muito bem a censura porque todos os jornais que eu lia xx(??)uma nota xx(??). Isso dava-me, levava-me a conhecer que isso tinha censura. Mas o resto nunca, nunca senti na minha atividade qualquer espécie de intervenção.
Jorge Moura p5 de 7 aos 1M19S- — Como é que era a relação de uma multinacional americana com o Estado?
— Tivemos pouca intervenção. Vivíamos num regime comercial de… por contas, portanto, não era liberalizado, até, até a sua liberalização, portanto vivi grande parte da minha vida…
Jorge Moura p5 de 7 aos 1M40S- Por exemplo, quando nós tínhamos a nossa cota, decorrente da da situação para a criação da Sacor, com obrigação da Sacor, as companhias estabelecidas ficaram com metade do consumo nacional e a Sacor com a outra metade. Entre nós era dividido por aquilo que na altura tínhamos no mercado, e não se passava além disso, era a comunicação dos preços que devíamos estabelecer, e não havia razões para nenhuma outra
Jorge Moura p5 de 7 aos 2M17S- comunicação, nem nem relação. Só aquelas decorrentes de uma empresa comum, mas tivemos sempre as melhores relações no dia a dia, as melhores relações com as entidades governamentais que xx(??), era basicamente a xx(??) energia.
Jorge Moura p5 de 7 aos 2M36S- Depois, até pela própria atividade da empresa, fomos alargando os nossos contatos com o Ministério da Educação, com xx(??) Ambiente, com com outras entidades que a nossa ação se estendia, e portanto sempre teve, sempre tivemos muito boas relações.
Jorge Moura p5 de 7 aos 2M54S- — Ministério da Educação?
— Sim, por exemplo, nós, nós, nós apoiávamos muito algumas universidades. Por exemplo a Universidade do Porto, a Universidade do Minho, e o técnico.
Jorge Moura p5 de 7 aos 3M9S- Porque nós tínhamos uma capacidade de conhecimento técnico sobre, por exemplo, lubrificação, e ciência do atrito, que era muito fraca xx(??) na maioria das universidades. E nós disponibilizávamos nossos técnicos, e até chegamos a editar várias publicações, de suporte aos estudantes de mecânica de qualquer uma dessas universidades.
Jorge Moura p5 de 7 aos 3M31S- — Lembra-se do nome?
— De quê?
— Da coleção?
— Não me lembro isso aí. xx(??) me lembro da… lubrificação de automóveis fizemos
Jorge Moura p5 de 7 aos 3M44S- fizemos um livro e fizemos uma série de cartazes gráficos para, sobre o funcionamento do carro, desde as peças mais pequenas aos sistemas de movimento, que distribuíamos por escolas industriais, universidades, e alguns, alguns liceus. E tivemos aí sempre
Jorge Moura p5 de 7 aos 4M12S- a grande compreensão do Ministério da Educação, nos facilitou sempre a vida.
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