José Manuel Inácio – Parte 10 de 15

José Manuel Inácio à conversa com Maria Margarida Colaço Mendes Gaspar e registada por Paulo Barbosa em 2-12-2017 no museu da Rádio voz de Alenquer no âmbito do projecto AMOPC.

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—Como é que vê atualmente o panorama das rádios locais e nacionais?
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—Ao contrário de muita gente diz, rádios continuam a ter um papel preponderante na comunicação social e na vida dos portugueses.
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—Eu ainda à dias li um artigo no jornal, eu por acaso até fiquei admirado, aquele jornal ter publicado disse. Até porque foi um jornal que já teve uma rádio, e tem publicado que as rádios estavam, que tinham uma certa, um certo valor e que ao contrário do que muita gente dizia as As rádio não estão mortas, elas continuam vivas, e penso que as pessoas continuam a ouvir rádio não só no carro, como companhia. Em casa, como companhia, em casa, e especialmente de noite, as pessoas ouvem rádio. e especialmente de noite, as pessoas ouvem rádio. Tanto no trabalho como na, apesar que hoje haja muitas rádios através da internet, se possa ouvir muita música através da internet, mas as pessoas continuam a ouvir rádio. Qual é o futuro que? O que prevê para a Rádio Voz de Alenquer? Eu sou sempre um otimista. E tenho pena de não ter, me ter descuidado um pouco porque senão hoje nós se calhar tínhamos umas instalações melhores e penso que apesar de todas as dificuldades que a rádio tem passado.
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—A Rádio Voz de Alenquer, está boa de saúde e vai-se manter bem. Estou convencido disso porque eu vejo as pessoas que trabalham são dinâmicas, são pessoas que têm interesse. não são que vêm aqui para ganhar dinheiro, e porque são pessoas têm amor à rádio, que vêm fazer rádio e isso, desde que haja amor, as rádios não… Em tudo é preciso amor. E desde que haja amor à rádio não há mal que lhe chegue. Estou convencido que a Rádio Voz de Alenquer continua a produzir como tem progredido até aqui.
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—Falou em descuido. O que é que poderia ter feito de maneira diferente?
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—Foi não ter feito a sede que eu idealizava. Porque eu idealizava uma sede. Cheguei e temos praticamente um terreno que nos foi doado pela câmara, Entretanto houve uma troca de terrenos e foi pena eu não ter avançado mais porque se calhar os hoje já tinhamos uma televisão regional aqui e eu às sou um bocado, aventureiro nessa coisa e talvez pela minha aventura a gente tivesse chegado onde chegou e eu próprio também ser aventureiro talvez tivesse passado, o meu passado radiodifusão tenha sido este, pelo espírito de aventura, pelo espírito do associativismo.
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—Eu fui sempre uma pessoa ligada ao associativismo. Tenho muito amor por Alenquer. Estive sempre ligado a tudo o que diz respeito à minha terra. E a rádio para mim é a parte principal. É o coração. O meu segundo coração é a rádio, portanto eu tudo aquilo que eu possa dizer sou suspeito porque tenho um amor muito grande à rádio. E quando vou a qualquer terra eu tento sempre ouvir as rádios locais para fazer uma ideia e se ainda lá existe alguém daqueles que eu conheço, telefono-lhes Epah olha eu não estou de acordo, olha que ouvi isto. Por exemplo, a rádio de Monsanto que é a aldeia mais típica que nós temos lá na Serra de Monsanto.
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—Fui lá em que era o dono da rádio, a esposa da rádio e uma jornalista. E era uma rádio que ganhava dinheiro a rodos porque não tinha grandes despesas, tinha publicidade até espanhola que estava ali assim perto Espanha chegava lá. E as pessoas agarravam a rádio. Aliás eu inspirei-me nalgumas coisas que vi lá na rádio deles. A jornalista até tinha cama para dormir lá, na rádio. Mas é assim, as rádios, desde que elas sirvam a população, estou convencido. Enquanto a Rádio Voz de Alenquer servir os seus ouvintes, estou convencido que não há problema para a rádio.

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